terça-feira, 19 de janeiro de 2010

JORNAL DO CICLISMO

EDIVALDO CRUZ VOLTA A SER ATLETA PROSHOCK EM 2010



Edivando Cruz com a nova suspensão ProShock
Um dos maiores nomes do Mountain Bike brasileiro, o paulista EDIVANDO DE SOUZA CRUZ é mais um atleta ProShock em 2010.
Atual campeão brasileiro, o atleta natural de Ilhabela utilizará a suspensão ProShock Onix em sua bike durante a temporada 2010.

“Vando” já utilizou as suspensões com tecnologia 100% nacional durante os anos de 2001 e 2002, e comemora a reativação de sua parceria com a empresa.
“Posso dizer que me sinto em casa na ProShock. Fui campeão da Copa Internacional, do Iron Biker e conquistei duas medalhas para o Brasil no Pan-Americano usando ProShock. É uma empresa comprometida com o esporte nacional e também com o desenvolvimento tecnológico, e para mim é uma grande satisfação seguir esta linha de trabalho”, explicou.
Para 2010, Vando segue focado no espírito olímpico.
Assim, o atleta trabalha para melhorar a posição do Brasil no ranking mundial, e brigar por melhores posições nos grandes eventos internacionais.
“A prioridade é continuar a contribuir para a classificação do Brasil nas Olimpíadas de Londres em 2012”, afirmou.
Além da volta da parceria com a ProShock, Vando começa o ano com outras novidades.
Ao lado de ODAIR PEREIRA, ele formará uma nova equipe no MTB brasileiro, que tem também a participação de Scott, Vzan e Shimano.
“Acredito que esta nova fase será muito boa. Ter um parceiro de equipe é ótimo, temos várias provas em que podemos trabalhar juntos e isso vai ser excelente”, comentou ele, que já treina com a suspensão ProShock Onix, o mais novo lançamento da empresa brasileira, com trava no guidão e o exclusivo sistema TSI de amortecimento.

LUCINO PAGLIARINI E MAGNO PRADO SÃO CONFIRMADOS NA EQUIPE SCOTT


Luciano Pagliarini estreará pela equipe Scott no Tour de San Luiz na Argentina
A equipe Scott de São José dos Campos confirmou a contratação do ciclista LUCIANO PAGLIARINI para a temporada 2010.




PAGLIARINI que até o ano de 2008 competia na Europa pelas equipes italianas Lampre e Liquigas, e pela espanhola Saunier-Duval, agora vai integrar o novo projeto do time brasileiro, que nesta temporada 2010 foi inscrita no seleto grupo Profissional Continental da UCI.
Com o time de São José dos Campos disputando as provas do calendário do UCI America Tour, e algumas competições na Europa, e a presença de LUCIANO PAGLIARINI com sua grande experiência internacional, será importante para elevar o nível técnico de toda a equipe.
“Já tinha pensado na possibilidade de ter o Luciano em nossa equipe, e isso se tornou realidade em 2010. Temos um projeto muito grande para o ciclismo Brasileiro e o Luciano será muito importante para isso”, comentou CARLOS MONTEIRO, o Carlinhos técnico da Scott.
“Já temos o Nilceu e o Chamorro como nossos principais velocistas. Com a chegada do Luciano, acredito ter um trio perfeito para nossos objetivos futuros”, ressaltou Carlinhos.

Magno retorna
Magno Prado também reforça o time Profissional Continental da UCI
O outro reforço da equipe Scott de São José dos Campos para 2010 é MAGNO NAZARET, que retorna ao time depois de ficar uma temporada fora.
“Em 2009 tivemos um ano muito difícil financeiramente, e perdemos o Magno para outra equipe. Mas foi uma transição tranqüila, e o Magno deixou a porta aberta para um retorno futuro. Deixei bem claro naquele momento que assim que eu tivesse condições, faria um novo convite. Isso não durou nem uma temporada, e tudo deu certo para 2010”, relatou o técnico.
“Confio muito no talento do Magno para nosso projeto de equipe Profissional, e tenho a certeza que será um dos grandes nomes do ciclismo Brasileiro para as próximas Olimpíadas”, sentenciou Carlinhos.
MAGNO já estreou na equipe Scott na Copa América no último Domingo 3 de janeiro, e agora esta intensificando os treinamentos para o Tour de San Luis que será disputado na Argentina entre os dias 18 e 24 de janeiro.
O ciclista tem uma historia de bons resultados na competição argentina, onde já venceu na categoria Sub 23 em 2008, e foi 2° colocado em uma etapa em 2009, além de vestir a camisa de Líder de Montanhas.
LUCIANO PAGLIARINI também competirá no Tour de San Luis, onde estreará pela equipe de São José dos Campos.


ALTO DO MALHÃO E CONTRA-RELÓGIO DECISIVOS NA VOLTA AO ALGARVE

A 36ª edição da Volta ao Algarve vai ter emoção até à pedalada final, pois a prova termina com o decisivo contra-relógio individual de 17,2 quilómetros, que ligará Lagoa a Portimão. Além do exercício individual, a chegada ao Alto do Malhão, contagem de segunda categoria para o prémio da montanha, também se adivinha determinante para a classificação final.
A corrida terá cinco etapas, num total de 724,9 quilómetros. O traçado é variado, contemplando tiradas para sprinters puros, mas também uma chegada em alto, um contra-relógio individual e ligações em que os velocistas poderão ter uma palavra a dizer, no caso de conseguirem passar as dificuldades colocadas durante o percurso.
A prova arranca no dia 17 de Fevereiro com uma ligação de 157,5 quilómetros, entre o Estádio do Algarve e Albufeira. As duas contagens de montanha do dia são de terceira categoria e estão distantes da meta. É de esperar um despique entre os sprinters pela posse da camisola amarela. Ao segundo dia a vida dos corredores complica-se. Desde logo, pela longa distância, 207,5 quilómetros, da viagem entre Sagres e Lagos. Esta tirada acolhe quatro contagens de montanha de terceira categoria e termina num topo duro, onde Koldo Fernández se impôs, em força, na edição de 2009 da “Algarvia”.
A etapa de montanha é a terceira. Os corredores vão pedalar ao longo de 173,7 quilómetros, com partida de Castro Marim e chegada ao Alto do Malhão, contagem de montanha de segunda categoria. A subida para a meta é curta – 2,7 quilómetros -, mas muito íngreme, com inclinação média de 9 por cento e algumas rampas ainda de maior dificuldade. Pelo caminho, há mais três escaladas de terceira categoria, que vão contribuir para a acumulação de desgaste, importante para a luta pela tirada e pela liderança.
Na véspera do fim da corrida, o pelotão visita a apaixonada cidade de Tavira. Esta terra de ciclismo e de ciclistas deverá assistir a um emocionante sprint, já que os 169 quilómetros, com partida de Cacela, não contêm pontos de grande dureza que possa partir o pelotão. Portimão acolhe mais uma vez o fim da Volta ao Algarve. Vai ser um contra-relógio de 17,2 quilómetros a colocar o ponto final nesta edição da prova. Mais curto do que nos últimos dois anos – tem cerca de metade da quilometragem – e muito menos duro do que em 2009, o crono ajusta-se aos especialistas e satisfaz os corredores que se queixaram de que os contra-relógios das edições transactas eram demasiado extensos para início de época.
Etapa a etapa
17 Fev – 1ª Etapa: Estádio do Algarve – Albufeira, 157,5 km
Altitude/Local/Km percorridos/km a percorrer/Hora
70 Partida: Estádio do Algarve 0 157,5 10h50
30 Meta Volante: Olhão 16,8 140,7 11h22
130 Início de subida 59,4 98,1 12h21
365 P. Montanha 3ª – Cerro S. Miguel 62 95,5 12h24
265 Meta Volante: S. Brás Alportel 73 84,5 12h39
170 Início Subida 93,6 63,9 13h07
350 P. Montanha 3ª – Picota 96,5 61 13h11
65 Meta: CM Albufeira 157,5 0 14h34
18 Fev- 2ª Etapa: Sagres – Lagos, 207,5 km
Altitude/Local/Km percorridos/km a percorrer/Hora
40 Fortaleza de Sagres 0 207,5 10h50
100 Meta Volante: Vila do Bispo 8,1 199,4 11h11
170 Início Subida 55,3 152,2 12h15
340 P. Montanha 3ª 57,8 149,7 12h18
400 Meta Volante: Marmelete 63,5 144 12h26
50 Início Subida 104,6 102,9 13h22
430 P. Montanha 3ª – Alferce 110,4 97,1 13h30
170 Início Subida 116 91,5 13h38
380 P. Montanha 3ª 118,9 88,6 13h42
75 Início Subida 176,9 30,6 15h01
390 P. Montanha 3ª 178,4 29,1 15h03
180 Meta 207,5 0 15h42
19 Fev – 3ª Etapa: Castro Marim – Alto do Malhão, 173,7 km
Altitude/Local/Km percorridos/km a percorrer/Hora
20 Partida: Parque das Feiras 0 173,7 10h50
60 Meta Volante: Tavira (Rest. Alpendre) 20,6 153,1 11h28
520 Meta Volante: Feiteira 96 77,7 13h10
265 Início Subida 119,2 54,5 13h42
420 P. Montanha 3ª – Portela do Barranco 121 52,7 13h45
430 Início Subida 126,2 47,5 13h52
535 P. Montanha 3ª 128,4 45,3 13h55
400 Portela – Início Subida 132,8 40,9 14h01
615 P. Montanha 3ª 137,4 36,3 14h07
310 Pé de Coelho – Início SUbida 171 2,7 14h53
560 Meta e P. Montanha 2ª 173,7 0 14h56
20 Fev – 4ª Etapa: Cacela – Tavira, 169 km
Altitude/Local/Km percorridos/km a percorrer/Hora
50 Partida: Parque de Feiras 0 169 10h50
20 Meta Volante: VR St.º António (Rest. Os Arcos) 11,4 157,6 11h15
120 Início Subida 50,7 118,3 12h09
335 P. Montanha 3ª – Balurquinho 53,7 115,3 12h13
330 Meta Volante: Martim Longo 74,2 94,8 12h41
190 Monte da Ribeira – Início Subida 100 69 13h16
470 P. Montanha 3ª 106,7 62,3 13h25
35 Meta: Av. Dr. Eduardo Mansinho 169 0 14h50
21 Fev – 5ª Etapa: Lagoa – Portimão, 17,2 km (C/R Ind.)
Altitude/Local/Km percorridos/km a percorrer/Hora
60 Partida: Fatacil 0 17,2 12h00
115 Sesmarias 8 9,2 12h10
45 Ferragudo 14 3,2 12h17
30 Meta: Casa Inglesa 17,2 0 12h21



ASTANA INICIA ESTÁGIO EM CALPE






A Astana iniciou a sua concentração de pré-temporada em Calpe, onde se reuniram todos os corredores da equipa, salvo aqueles cuja agenda de competições tem prevista a participação no Tour Down Under, na Austrália. No primeiro dia de treino em conjunto, os comandados de Yves Sanquer realizaram um treino de 120 quilómetros tendo como “aperitivo” a subida ao Col de Rates.


NOVA EQUIPE CONTINENTAL BRASILEIRA





O ciclismo brasileiro promete internacionalizar-se em 2010. Depois da Scott-Marcondes César ter sido contemplada com uma licença Continental Profissional, a Funvic-Pindamonhangaba anuncia que a União Ciclista Internacional acedeu à sua pretensão, atribuindo-lhe o estatuto Continental. Beneficiando dessa licença, a equipa já começou a competir, integrando o pelotão do Tour de San Luis, na Argentina. O início foi auspicioso, com Edgardo Simon a conseguir a segunda posição na etapa inaugural, apenas batido pelo “ProTour” Francesco Chicchi (Liquigas).
A Funvic-Pindamonhangaba reforçou-se bastante para a nova temporada, tendo um plantel de treze elementos. As entradas são oito: Edgardo Simon, José Heriberto, Breno Sidoti, Tiago Nardini, Tiago Fiorilli, Pedro Nicácio, Patrick Gama e Carlos Bueno. Continuam Flávio Cardoso, Hector Figueiras (já correu em Portugal pela Fercase-Rota dos Móveis), Daniel Soeiro, Salomão Ferreira e Ezequiel Riderson.
“Estamos com boa infra-estrutura e com grandes atletas para esta temporada. Sabemos que existem grandes adversários pela frente, mas a nossa equipa está unida e vai buscar a vitória onde quer que esteja competindo”, avisa o director-desportivo, Benedito Tadeu Azevedo Júnior “Kid”.

O “AVIÃO” DE ARMSTRONG
Tons de negro, vermelho e branco nas montadas da RadioShack
Tiago Machado já se lhe referiu como “autêntico avião, que máquina!”. É a bicicleta da RadioShack, hoje dada a conhecer pela equipa, através de uma imagem disponibilizada no Facebook do colectivo estadunidense. O quadro é o topo de gama da linha Madone 6-Series, as rodas são Bontrager e a transmissão é o modelo Red, fornecido pela Sram. Ainda não se conhecem os detalhes de peso do material, mas fica, para já, a imagem da bicicleta de Lance Armstrong, Sérgio Paulinho, Tiago Machado e companhia.
























CERVÉLO TEST TEAM TREINA E APRESENTA-SE NO ALGARVE
Estradas algarvias foram as primeiras na qual a Cervélo desfilou
Tal como em 2009, ano de nascimento da equipa , a Cervélo Test Team voltou a escolher o Algarve e a unidade hoteleira da Quinta da Ria – localizada entre Tavira e Vila Real de Santo António -,para efectuar o seu primeiro grande estágio, bem como para fazer a sua apresentação oficial para a época de 2010 A formação de capItal canadiano parte para esta nova época com objectivos delineados em torno das suas principais figuras, o espanhol Carlos Sastre e o norueguês Thor Hushovd. Não obstante a saída de ciclistas como o australiano Simon Gerrans ou Serge Pauwels não parece ter fragilizado o colectivo liderado por Jean-Paul Van Poppel que acusa a entrada de cinco reforços: o português João Correia, última contratação, o holandês Theo Bos (ex-Rabobank), o alemão Stefan Denifl (ELK Haus), o espanhol Xavier Tondo (ex-Andalucia) e ainda o neo-profissional Italiano Davide Appolonio.
Na apresentação da equipa no Algarve marcaram Artur Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Rogério Teixeira, presidente da Associação de Ciclismo do Algarve e Vidal FItas, director desportivo da formação Palmeiras Resort-Prio-Tavira.
Recorde-se que Cervélo permanece no Algarve até 24 de Janeiro antes de novo regresso por ocasião da Volta ao Algarve, onde já tem confirmada a sua participação. Na cerimónia, a Cervélo apresentou ainda a sua equipa feminina , bem como todo o seu staff, num total de mais de 80 elementos, impressionante comparativamente à dimensão das equipas nacionais.
Plantel: Davide Appolonio (Ita), Theo Bos (Hol), João Correia (Por), Íñigo Cuesta (Esp), Philip Deignan (IRL), Stefan Denifl (Aut), Xavier Florencio (Esp), Volodymir Gustov (Ucr) Roger Hammond (Gbr), Heinrich Haussler (Ale), Jeremy Hunt (Gbr), Thor Hushovd (Nor), Ted King (Eua), Andreas Klier (Ale), Ignatas Konovalovas (LTU), Brett Lancaster (Aus), Daniel Lloyd (Gbr), Joaquin Novoa (Esp), Oscar Pujol (Esp), Gabriel Rasch (Nor), Martin Reimer (Ale), Dominique Rollin (Can), Carlos Sastre (Esp), Xavier Tondó (Esp), Marcel Wyss (Sui)



















ALBERTO CONTADOR TESTA NOVA BICICLETA DE CONTRA-RELÓGIO
Contador treina crono com um objectivo: a Volta ao Algarve
O espanhol Alberto Contador está a aproveitar o estágio da Astana em Calpe para treinar as suas capacidades na luta contra-relógio testando a nova bicicleta até ao limite tendo por fito a revalidação da sua vitória na Volta ao Algarve, primeira competição do seu programa em 2010. Enquanto os restantes colegas de equipa efectuaram um treino conjunto, Contador treinou-se pela primeira vez com a nova máquina afinando-a às suas medidas. O estágio da Astana prossegue.

Equipe de Lance RadioShack fecha plantel

A nova equipa de Lance Armstrong, Sérgio Paulinho e Tiago Machado é uma autêntica “Torre de Babel”, albergando 26 corredores oriundos de 16 países e de quatro continentes. A estrela-maior é, obviamente, o heptavencedor da Volta a França, mas esta formação com sede nos Estados Unidos da América tem, para os portugueses, o atractivo de contar com dois corredores entre o efectivo. A equipa técnica também tem dois lusos entre os seus elementos, o director-desportivo José Azevedo e o mecânico Francisco Carvalho.
Candidata a vencer qualquer corrida em que participe, a RadioShack tem na Volta a França o objectivo-mor da temporada de estreia, anunciou o director-geral, Johan Bruyneel. Lance Armstrong, com um bloco desenhado à sua medida, é o chefe-de-fila, numa formação onde abunda a classe. Andreas Klöden ou Levi Leipheimer são exemplos disso. Além de homens talhados para as grandes voltas, a RadioShack apresenta argumentos para as chegadas ao sprint, Gert Steegmans e Tomas Vaitkus, e até para as provas de um dia.
O primeiro estágio está marcado para a segunda semana de Dezembro, no Estado do Arizona, nos Estados Unidos da América.

Plantel

Lance Armstrong (Eua)
Fumiyuki Beppu (Jpn)
Sam Bewley (NZl)
Jani Brajkovic (Slo)
Matthew Busche (Eua)
Ben Hermans (Bel)
Chris Horner (Eua)
Daryl Impey (RSA)
Markel Irizar (Esp)
Andreas Klöden (Ger)
Levi Leipheimer (Eua)
Geoffroy Lequatre (Fra)
Fuyu Li (Chn)
Tiago Machado (Por)
Jason McCartney (Eua)
Dmitriy Muravyev (Caz)
Sérgio Paulinho (Por)
Yaroslav Popovych (Ucr)
Gregory Rast (Sui)
Sébastien Rosseler (Bel)
Ivan Rovny (Rus)
José Luis Rubiera (Esp)
Bjorn Selander (Eua)
Gert Steegmans (Bel)
Tomas Vaitkus (Ltu)
Haimar Zubeldia (Esp)
Directores-Desportivos
Johan Bruyneel (Bel) Manager
Dirk Demol (Bel)
Alain Gallopin (Fra)
Viatcheslav Ekimov (Rus)
José Azevedo (Por)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

EVENTOS DA SEMANA PELO BRASIL

Confira o(s) evento(s) para esta semana:
20/01/2010 (Speed)
Confraternização Ciclismo FGC-GO
24/01/2010 (MTB)
MTB XCO Asfaltozero 2010
24/01/2010 (MTB)
Cross Country Explore 2010 #1
24/01/2010 (Speed)
32º Corrida Ciclistica Antonio Assmar - Aniversario TV Amapa
24/01/2010 (Speed)
31 ª Edição da Média Paulista de Ciclismo #1
24/01/2010 (Speed)
51 ª Prova Ciclística da Comarca de Poços de Caldas
24/01/2010 (Speed)
Treino Eu Pedalo com a VM3

Maiores informações no link abaixo:
http://sportime.cjb.net/2010/01/calendario-ciclismo-janeiro-2010.html

COPA AMÉRICA 2010

Para quem não viu a chegada.

domingo, 17 de janeiro de 2010

CAMPEONATOS FNC 2010 -

INFORMAÇÕES:

Os atletas cadastrados nas equipes oficiais em 2010 deverão, já no dia 28 de fevereiro, abertura da temporada, estarem devidamente uniformizados no padrão da cada equipe. Os atletas avulsos deverão utilizar camisas lisas (sem patrocinadores de equipes nacionais ou internacionais). Não serão computados os pontos dos atletas que não cumprirem essas determinações do regulamento.

Direção Técnica FNC

Twitter no ciclismo

Não sei se todos conhecem o www.twitter.com É uma espécie de "microblog" que as pessoas atualizam via SMS, e Web. É fácil se cadastrar e adicionar pessoas.
Há alguns ciclistas profissionais que informam suas rotinas, como Lance Armstrong, Levi, Hincapie, Ivan Basso e outros. É interessante pois os caras falam o que fizeram, postam as fotos e dá pra acompanha-los dia a dia (eles atualizam e mandam as fotos via SMS). Além deles, há agências de notícias que também atualizam em tempo real suas matérias. Abaixo seguem os "perfis" de alguns:
• Ivan Basso - http://twitter.com/ivanbasso
• Lance - http://twitter.com/lancearmstrong
• BicycleTutor (notícias) http://twitter.com/BicycleTutor
• Levi - http://twitter.com/Levi_Leipheimer
• George Hincapie - http://twitter.com/ghincapie
• Johan Bruyneel - http://twitter.com/johanbruyneel
• VeloNews - http://twitter.com/velonews

ALIMENTAÇÃO E CICLISMO

Considerando a duração das competições no ciclismo, em primeiro lugar, temos de lembrar que os alimentos são divididos em três grupos segundo o seu índice glicémico, que é relativo à velocidade da chegada da glicose na corrente sanguínea: alimentos de alto, moderado e baixo índice glicémico. Isso significa que ao ingerirmos um alimento de alto índice glicémico, a glicose resultante deste alimento, estará na corrente sanguínea mais rapidamente do que ao ingerirmos alimentos com índice glicémico moderado ou baixo.
Este detalhe interfere de forma muito forte no rendimento do atleta, pois se durante uma competição, nos alimentarmos com substâncias que tenham um índice glicémico muito baixo, até este alimento nos fornecer energia para o exercício, já teremos terminado a competição.

Os alimentos que possuem Alto Índice Glicémico, são alimentos que colocam glicose na corrente sanguínea em cerca de 20 minutos. Arroz, pão, flocos de milho, farinhas, biscoitos sem recheio, banana, uva passa, açúcar, mel, maltodextrina. Chamamos alimentos com moderado Índice Glicêmico, alimentos com um tempo de glicemia de 20 a 50 minutos (muesli, aveia, tangerina (cítricas que contenham a parte branca, pectina), laranja, uvas). De Baixo Índice Glicêmico, são alimentos que demoram quase duas horas para serem convertidos em glicose (Leguminosas, leite e derivados). Portanto, antes de uma prova, o ideal é alimentarmo-nos com alimentos de índice glicêmico moderado, cerca de 1 hora antes da prova. Durante a prova ou treino, o ideal são alimentos com índice glicémico alto, principalmente maltodextrina, banana passa, complexos de hidratos de carbono, hoje facilmente encontrados em gel ou em pó, das mais variadas marcas e sabores. Logo após o treino é importante que o atleta se alimente com alimentos de alto índice glicémico, pois é o momento ideal para a reposição do glicogénio que foi utilizado durante o treino. Até duas horas após o exercício é o momento de maior absorção pelo organismo destes nutrientes, pelo facto de o organismo liberar uma enzima denominada glicogénio sintetase, que aumenta a absorção de glicogénio e o seu pico de actuação é de até duas horas após o exercício.

Nas primeiras duas horas após o exercício, a taxa de reposição de glicogénio é de 8% por hora. Nas próximas 22 horas esta taxa cai para apenas 4% por hora.
Não se deve utilizar frutose logo após o exercício, pois isso retarda a ressíntese de glicogénio. Massas, arroz, pão, e outras fontes de hidratos de carbono são muito úteis nesta altura.

VITAMINAS: As vitaminas desempenham papéis importantíssimos no organismo e não podem faltar na alimentação de atletas. Muitas vezes é difícil mantermos uma alimentação que contenha todas as vitaminas necessárias e por este motivo precisamos repô-las através de comprimidos.

As vitaminas do complexo B são fundamentais no processo de formação de energia.

Vitamina C também é essencial, sendo uma das suas principais funções a protecção do organismo contra infecções.

Vitamina E. Em atletas é difícil a manutenção desta vitamina dentro dos padrões, pois ela encontra-se principalmente nos alimentos gordurosos.

Betacaroteno, Importante no processo antioxidante dos radicais livres formados durante o exercício. Os principais antioxidantes são betacaroteno, vitamina C e vitamina E.

FERRO: É também importante que o atleta mantenha níveis adequados de ferro na corrente sanguínea, pois ele poderá interferir na capacidade de resistência e dos atletas.

GORDURAS: Quando for consumir gorduras, são sempre preferíveis as monoinsaturadas, como abacate, castanhas, óleo de oliva, azeitona, pois este tipo de gordura ajuda a combater o colesterol LDL que prejudica a saúde. Gorduras polinsaturadas são as encontradas no óleo de soja, de milho, de girassol, margarinas cremosas, etc. Estes óleos após sofrerem frituras transformam-se em gorduras saturadas. Gorduras saturadas, derivadas das carnes, leite, manteiga, coco, frituras, margarina vegetal dura, são as mais prejudiciais ao organismo.

CÁLCIO: Leite ou cálcio é melhor consumir à noite, antes de dormir, por que na 2ª hora após o sono aumenta o pico do hormónio calcitonina, que ajuda na absorção do cálcio.

AMINOÁCIDOS: Em exercícios físicos com mais de 2 horas de duração, muito aminoácido é oxidado, principalmente AA da cadeia ramificada, o que gera aumento de serotonina, o que pode causar fadiga. Por isso recomenda-se a ingestão de 2 g antes e 2 g depois dos treinos.

REIDRATAÇÃO
Durante actividades físicas de longa duração, como é o caso do ciclismo, perde-se muito líquido e junto com a água perdemos sais minerais fundamentais ao funcionamento de muitas funções do organismo, entre elas as funções musculares. Para resolvermos isso é necessário que seja feita uma boa hidratação do atleta, e isso não pode ser feito apenas com a ingestão de água. Para repor os electrólitos perdidos durante o exercício, o ideal é a ingestão de uma bebida isotónica. Outro líquido importante que deve ser ingerido durante os treinos é a maltodextrina, que pode ser encontrada em farmácias de manipulação. Neste caso mistura-se 6 a 10 % de maltodextrina à água. Por exemplo, para cada 1000 ml de água (1 litro), coloca-se 100 gramas de maltodextrina.

Se a temperatura e a humidade do ar estiverem muito altas, deve-se reduzir para 6%, ou 60 g por litro de água. A maltodextrina faz o mesmo efeito dos complexos de hidratos de carbono, ou seja, repõe a glicose para a obtenção de energia.

Alguma literatura não científica, mas específica da modalidade, refere que, sendo esta uma das modalidades com maior dispêndio energético (até 1200Kcal por hora), com características peculiares, os principais cuidados alimentares em dias de treino, pré-competição, dia de competição, e após a competição devem ser os seguintes:

Em treino - Os treinos de ciclismo geralmente começam muito cedo, porém o atleta nunca deve iniciar a actividade em jejum. O jantar da noite anterior deve ser rico em hidratos de carbono, pobre em gorduras e moderado em proteínas. Boas opções são os pratos à base de massas, cereais e batata. O pequeno-almoço pode ser à base de pães, cereais como aveia e frutas com teor moderado de fibras.

A ingestão de alimentos e fluidos durante o exercício deve ser planeada, especialmente em caso de treinos com duração acima de uma hora (o mais frequente na modalidade). A nutrição deve atender às necessidades de 30 a 60 gramas de hidratos de carbono por hora de treino, que devem ser armazenados na bicicleta e nos bolsos do equipamento desportivo, em forma de bebidas ou alimentos. Além das bebidas desportivas, que disponibilizam energia e electrólitos, alguns alimentos comummente consumidos durante provas longas e treinos são snacks com recheios doces e salgados, barras energéticas e géis.

A ingestão de líquidos após o treino ou a competição deve ser equivalente a 150% do peso perdido. Por exemplo, a perda de 1kg implica na ingestão de 1,5 litro de líquidos.

Dieta dia treino: 50-60Kcal/kg/dia, 60-65% hidratos de carbono, 12-15% proteínas, 20-28% gorduras, limitando as saturadas. Ter em atenção vitaminas (B1, B2, C) minerais (ferro, cálcio, magnésio) e antioxidantes (Vitaminas A, E, C, selénio, zinco, cobre, manganês).

Burke (2001), refere valores de 8 a 11 g/kg/dia de hidratos de carbono e referencia um input energétic ≥ 250kj/kg/dia.

Antes da competição – Os atletas devem consumir de 8 a 10g de hidratos de carbono por quilograma de peso nas 72 horas que precedem o evento. A refeição pré-competição deve ser rica em hidratos de carbono, em termos práticos aconselham-se alimentos como: cereais, pães, frutas e massa. Esta refeição deve ser feita de 2 a 3 horas antes da prova, pois alguns ciclistas podem sofrer de desconforto gástrico. Nos intervalos antes da prova pode-se ingerir bebidas desportivas, barras energéticas ou pequenos e rápidos lanches com elevado teor energético.

Dieta pré-competição: Não mudar substancialmente os hábitos alimentares. Incrementar a contribuição de hidratos de carbono, entre 10-12g/kg/dia (65-70% valor energético total). Evitar alimentos ricos em fibras, leguminosas, bebidas gasosas, molhos, picantes. Dieta controlada em gorduras e proteínas.

Dieta dia de competição: Refeição pelo menos 2-3 horas antes da prova para haver um total esvaziamento do estômago. Realizada em condições de calma, mastigando bem. Evitar excesso de fibras, carnes e gorduras, fritos, molhos, sensação de saciedade e não abusar no café ou chá dada a sua acção diurética. No período de 45-60 minutos antes da competição, há a denominada ração de espera. Neste período os ciclistas consomem alimentos com valor energético próximo 85-100 Kcal, preferencialmente alimentos semi-líquidos (sumo de fruta, iogurte magro com frutas...) existindo uma absorção mais rápida de modo a não haver risco de hipoglicemia. Neste sentido ainda, evitar ingerir açúcares simples a 30-45 min do início da prova. Quando faltarem 5-10 minutos, pode-se ingerir bebida isotónica ou gel com 0,8ml/kg que pode ser acompanhado de 25g. de hidratos de carbono.

Durante a competição deve-se beber 600-1200 ml/hora de água e/ou bebida isotónica ou em forma de gel. Alternar com sólidos (barras energéticas, barras cereais, bananas, etc) com uma absorção mais pausada, que mantém os níveis de glicose no sangue mais estáveis. No entanto, é de referir que na literatura científica, vários estudos indicam que em provas com duração até uma hora, como é o caso dos contra-relógios, não se verifica uma melhoria da performance quando os ciclistas ingerem bebidas desportivas. Ainda assim, tais estudos não referem a importância que a não ingestão de bebidas pode ter na recuperação pós-exercício, pelo que, embora esta ingestão em termos de performance não desempenhe um papel importante, parece-me que o estudo deste aspecto deveria contemplar este efeito, dado que muitas vezes os esforços desta duração (contra-relógios), estão integrados em provas por etapas e a recuperação dia após dia comporta um aspecto fundamental para a performance desportiva do atleta. Assim, deverá na minha opinião, ter-se alguma cautela com a não ingestão de bebidas em contra-relógios, quando estando estes integrados em competições por etapas.

Dieta após competição: Na 1ª hora após exercício ingerir cerca de 1 litro de bebida isotónica mais 1 saquinho de gel com 40g. de hidratos de carbono. Na 2ª hora seguinte à prova ingerir cerca de 600 ml. de bebida isotónica mais 400 ml. de água e 1 saquinho de gel com 40g. de hidratos de carbono. Na 3ª hora ingerir 500 ml. de bebida isotónica e 500 ml. de água mais 1 barrinha de cereais e 1 iogurte magro com frutas.

Haverá ainda lugar a uma refeição rica (70% valor energético total) em hidratos de carbono, de preferência complexos, cerca de 20% de proteínas e 10% de gordura.
Estes são apenas aspectos gerais dos cuidados nutricionais a ter em conta por parte dos ciclistas, que podem através do cumprimento destes cuidados atingir os principais objectivos da alimentação e nutrição do ciclista, como é o caso da prevenção da desidratação; reposição dos macro e micronutrientes; controlo da gordura corporal; recuperação muscular e reposição de glicogénio; protecção do sistema imunitário; protecção celular contra o excesso de radicais livres e a acidez.

Estudo científicos publicados

Num estudo efectuado com atletas do Australian Institute of Sport Road Cycling, elaborado com base em de competições de vários dias, verificou-se que os ciclistas homens perdiam em média cerca de 2 Kg de peso durante cada etapa, e que as mulheres perdiam cerca de 1,5 Kg. Os homens consumiam em competição cerca de 1 l/h de fluidos, enquanto as mulheres apenas consumiam 0,4 l/h. Os homens consumiam em média, cerca de 48 g/h de hidratos de carbono (quantidade recomendada pelos nutricionistas), enquanto as mulheres em média apenas consumiam cerca de 21 g/h, (não cumprindo o recomendado pelos nutricionistas). No final dos vários dias de competição, homens e mulheres registavam uma perca de cerca de 2,6% a 2,8%.

Osterberg, Kristin, .Zachwieja, Jeffrey.Smith, Johneric. (2008), verificaram que não existe em esforços prolongados, e em termos de performance vantagens na ingestão conjunta de hidratos de carbono com proteínas, verificando que em termos de performance, é mais vantajoso a ingestão de apenas hidratos de carbono.

Currell, Jeukendrup , (2008), concluíram que a ingestão de bebidas com glicose e frutose, promovem um melhor desempenho (no ciclismo) do que bebidas apenas suplementadas com glicose.

Abigail, Christopher, Beedie e Damian (2007), demonstraram a eficácia ergogénica da cafeína, no entanto, quando aplicada a provas de ciclismo de cerca de 40 Km (como os contra-relogios), sugerem que podem existir desvios na performance quer positiva quer negativamente.

Holden, MacRae, Kari e Mefferd, verificaram que a ingestão de quercetin conjuntamente com anti-oxidantes melhorava a performance no contra-relógio de 30 Km em cerca de 3,1 %. O mesmo estudo verificou que nos últimos 5 Km essa melhoria era de 2%.

Burke (2001), refere que ciclistas envolvidos em programas de treino intensos, tipicamente referem um consumo energético ≥250 kj/Kg/dia (existindo segundo o mesmo, alguns relatos de ciclistas a desenvolver treino particularmente intenso com ingestão na ordem dos 300 kj/kg ou >20 Mj/dia) e ingestão de hidratos de carbono, na ordem das 8 a 11 g/Kg/dia. O mesmo autor diz que a ingestão de proteínas e micronutrientes dos mesmos, é de acordo com o recomendado para uma dieta diária. Estes dados, são apenas referentes a ciclistas do género masculino, uma vez que os dados para o género feminino continuam ainda a ser extremamente escassos. As práticas nutricionais presentes, vigentes nas principais equipas do ciclismo internacional, parecem privilegiar a ingestão pré-competição e pós-competição de grande parte das necessidades nutricionais dos ciclistas. Ainda segundo o mesmo autor, as tácticas de corrida actuais são o principal motivo para este tipo de prática nutricional, uma vez que anteriormente o input energético era mais centralizado durante a competição (um estudo efectuado durante a volta a França em bicicleta em 1989, refere que durante as etapas os ciclistas consumiam cerca de 94 g/h de hidratos de carbono, enquanto um estudo realizado dez anos mais tarde aponta para ~25 g/h de ingestão de hidratos de carbono durante a mesma competição). Um dado interessante, prende-se com o facto de este mesmo padrão de ingestão de alimentos não se manter fora da competição, ou seja, os dados apontam para que em fase de treino os ciclistas ingiram cerca de 40 % do total de energia diária ingerida, entre refeições, sob a forma de 9 refeições discretas e snacks (Burke, 2001). Lemon (1991), refere que ciclistas em época de treino ingerem pelo menos a quantidade recomendada de proteínas (1,2 a 1,6 g/kg), no entanto, indica que em muitos casos, os ciclistas excedem a ingestão de proteínas recomendada a atletas, sendo apontado este excesso como uma consequência da elevada necessidade de input energético.

Jeukendrup, Craig, Hawley (2000), Saris, van Ertp-Baar, Broums e Wereterterp (1989), em estudos realizados com ciclistas durante o Tour de France, revelaram que durante a mesma competição (de 21 dias), os ciclistas apresentaram uma perca de massa corporal de cerca de 1Kg, e reportaram um input energético diário entre 23 e 24 MJ ou ~350 Kj/Kg. Saris, van Ertp-Baar, Broums (1989), verificaram ainda, que este padrão de input energético era idêntico para corridas superiores a três dias. Fotheringhem (1994), no entanto, aponta um outro aspecto, e facto que poderá fazer com que possamos encontrar alguns valores diferentes na literatura. Segundo este autor, poderemos eventualmente encontrar estudos que reportem valores de consumo energético diferente por questões amostrais, assim, considerando que existem ciclistas que em determinadas competições têm como principal objectivo a perca de massa gorda (realizando este controlo de massa durante a competição encontram-se mais vigiados pelas equipas médicas das equipas e com um maior controlo quer em termos de performance e necessidades nutricionais para a recuperação diária, quer em termos de saúde), caso se proceda a um estudo com um destes ciclistas, provavelmente serão encontrados valores um pouco diferentes dos reportados na literatura.

O input energético calculado a partir de dados obtidos por ciclistas de elite é de ~8 a 11g/kg/dia (como já anteriormente referido), valores estes que se encontram dentro do intervalo sugerido para promover a restauração diária dos níveis de glicogénio muscular. No entanto, Ivy, Lee, Brozionick e col. (1988), haviam já referido que ciclistas envolvidos em programas de treino de grande duração e com intensidades altas, poderão necessitar de um input energético na ordem de 12g/kg/dia para promover uma restauração de glicogénio muscular óptima. Este dado é também referido por Burke (2001). No mesmo sentido, Garcia-Roves, Terrados, Frenandeze e col. (2000), Saris, van Ertp-Baar e Broums (1989), referem um input energético durante competições de vários dias, entre 12 e 13 g/kg/dia, reflectindo estes valores a elevada necessidade energética deste tipo de competição.

Conclusão

Após a elaboração do trabalho, e tentando resumir o mesmo, podemos referir que o consumo de hidratos de carbono aconselhado no ciclismo se situa entre os 8 e os 11 g/kg/dia, no entanto, este valor poderá ser aumentado durante uma fase de treino mais intensa ou durante a competição, chegando mesmo segundo alguns autores a atingir 13 g/kg/dia. A quantidade de proteínas diária recomendada para ciclistas é de 1,2 a 1,6 g/kg. Os estudos revelam ainda um consumo calórico diário na ordem dos 20 Mj, no entanto, alguns estudos realizados durante uma das principais provas do calendário internacional, reportam consumos na ordem dos 23 24 Mj/dia. No que se refere á hidratação, a literatura internacional, refere sempre que as necessidades de hidratação podem ser variáveis, uma vez que estas dependem de vario factores, como a temperatura ou a intensidade do exercício, no entanto, são referidos valores entre 600 ml/h a 1200 ml /h durante a prática desportiva (embora alguns estudos refiram que em alguns casos, a perca de líquidos pode ser apenas de 300 ml/h, estes são sempre os valores aconselhados). É ainda de salientar a importância da hidratação pós-exercício, sendo tida como uma boa estratégia o consumo de água e bebidas isotónicas á razão de 150% do peso corporal perdido durante o exercício. Um outro factor ao qual é dado importância na nutrição do ciclista, é o índice glicémico dos alimentos ingeridos, assim, defende-se que ao planear a dieta do ciclista este factor seja tido em conta conjuntamente com a hora de realização do exercício. Quanto ás substancias ergogénicas directamente aplicadas ao ciclismo, é de referir a falta de consenso que existe em grande parte delas, existindo alguns estudos contraditórios. Ainda assim, o que parece mais consensual é o efeito positivo na performance através do consumo de cafeína. No que concerne ao consumo de vitaminas, a literatura encontrada, refere que este consumo deve ser individualizado (respeitando as necessidades individuais, altura do ano e da época competitiva e dieta praticada por cada ciclista), pelo que não existe um padrão de consumo vitamínico recomendado.
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