segunda-feira, 29 de março de 2010

NOTÍCIAS DO CICLISMO

“Não me surpreendeu”

Mauro Ribeiro comenta desempenho brasileiro no Sul-Americano; Magno Prado lamenta ter ficado fora do pódio.
Colômbia dominou os 4 primeiros lugares na estrada.
Planejamento, objetivos, rodagem são alguns dos motivos apontados pelo técnico da seleção brasileira Mauro Ribeiro para o desempenho do conjunto nas provas de estrada. A única medalha nacional foi a prata de Rosane Kirch na prova de resistência. Na prova masculina, nenhum ciclista completou a prova, dominada pelos colombianos.
“Não surpreendeu o desempenho da seleção. Conhecia o circuito, pois competi nele como atleta júnior. É um circuito muito duro. Qualquer ciclista brasileiro que estive lá pagaria o preço da inatividade. A prova foi cedo para a nossa temporada”, explica Mauro Ribeiro.
Único ciclista nacional a conquistar uma etapa do Tour de France, Ribeiro afirma que a o ciclista brasileiro não está preparado para aguentar 180 km, principalmente, neste momento da temporada. “Temos um calendário que segue o europeu, enquanto os colombianos já vêm de uma grande rodagem na temporada”.
Segundo ele, falta competitividade ao pelotão nacional: “enquanto tivermos no país provas de meio-fundista, acho que os brasileiros vão sempre ficar em dificuldade nas provas internacionais. As quilometragens que se andam por aqui são para juniores”, diz Mauro Ribeiro, que complementa: “a nossa relação com o ciclismo mundial é a mesma de um jogador de futsal que vai jogar futebol de campo”.
“A Colômbia tinha nomes de peso, profissionais. O campeão, Santiago Botero, é um ciclista com um grande repertório, candidato ao título do Tour. Mas esse resultado serve como sinal de atenção para os nossos planos futuros”.
Competir o Giro do Interior era uma opção para chegar com mais rodagem no Sul-Americano, mas para o treinador, a prova que terminou dia 19/3, dois dias antes da competição de resistência, poderia ser uma faca de dois gumes. “Imagine viajar na sexta-feira para a Colômbia e competir uma prova dura no domingo. Não acho recomendável”, resumiu.

Magno Prado comenta Sul-Americano
Principal esperança brasileira nas provas de estrada, Magno Prado avalia como positiva sua participação, mas reconhece a superioridade dos colombianos no evento. “Achei boa a minha participação, só fiquei um pouco chateado por não sair com uma medalha, pois fiz uma preparação muito boa para o sul-americano, e tinha uma boa chance de medalha, mas não deu desta vez. O circuito da prova foi bem seletivo, era a cara dos colombianos, e eles deram show. Estavam todos muito fortes, estavam imbatíveis neste sul-americano”.


Primeiro embate entre Lance Armstrong e Alberto Contador decepciona e Fédrigo vence Criterium Internacional. Millar leva a crono

O francês Pierrick Fédrigo (BBox Bouygues) venceu o Criterium International, prova de três etapas (disputada em dois dias) na região da Córsega, França. Fédrigo defendeu a liderança no contrarrelógio de 7,7 km disputado no ultimo dia de competição, encerrada neste domingo (28/3), que teve como mais rápido o experiente britânico David Millar (Garmin).
Millar registrou o tempo de 9min49s, dois segundos mais rápido que o espanhol Alberto Contador. O australiano Michael Rogers (Columbia) ficou em terceiro, três segundos mais lento que o companheiro de equipe de Murilo Fischer.
Fédrigo marcou o tempo de 10min07s e conquistou o título com a vantagem acumulada nas duas primeiras etapas. Após a crono, Michael Rogers saltou para a segunda colocação na geral e o português Tiago Machado (RadioShack) completou o pódio.

Armstrong x Contador
Esta foi a primeira competição do ano em que participaram lado a lado Lance Armstrong e Alberto Contador. O norte-americano, porém, ainda não encontrou sua melhor forma e, apesar de ter evoluído desde a Volta da Murcia, saiu insatisfeito com a sua performance. No contrarrelógio, ele marcou o tempo de 10min08s, 15ª melhor marca. Na geral, ele terminou em 47º, 5min05 atrás de Fédrigo.
“Não foi um contrarrelógio muito consistente, com muitas curvas, subidas e descidas mas foi muito melhor do que na Murcia. Ontem (sábado) foi muito duro e eu não costumo andar bem em subidas difíceis como esta neste momento da temporada. Talvez fosse melhor para mim disputar uma prova mais longa do que um evento de dois dias, mas eu sempre gosto de vir à Córsega. É muito legal. Depois do Texas não há nada melhor do que o Mediterrâneo”, disse o texano ao site cyclingnews.com.
Alberto Contador (Astana) teve um desempenho melhor, mas também perdeu tempo na etapa de montanha e terminou 1min08s atrás de Fédrigo, na 15ª colocação. Contador culpou uma irritação respiratória causada pelos polens das flores (algo que não é inédito no ciclismo), mas voltou a abrir espaço para a desconfiança sobre sua equipe para a disputa do Tour.
Fonte: http://prologo.uol.com.br/





 

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