Luxemburguês reconheceu a superioridade de Contador e disse que problema no Port de Balès não foi decisivo
Por Tadeu Matsunaga
Andy Schleck (Saxo Bank) reconheceu a derrota frente Alberto Contador (Astana), sem pensar nos segundos perdidos no Port de Balès, que para muitos fez a diferença na luta pelo título do Tour de France 2010.
“Não perdi por conta disso. Contador conquistou o título porque, por exemplo, me aplicou 42 segundos no prólogo em Roterdã. E se meu irmão estivesse aqui...”, lembrando a ausência de Frank Schleck, que sofreu uma queda nos pavês e acabou com a clavícula fraturada.
Andy ainda tentou a recuperação na 19ª etapa, um contrarrelógio de 52 km, mas não conseguiu reverter à vantagem do espanhol. “Fui ao meu limite, mas quando chegou ao km 40 já não tinha mais pernas e não tinha muito que fazer. Cancellara disse que fiz meu máximo, e foi o que realmente tentei.”
Em relação ao duelo entre Contador e Schleck, o diretor do Tour Christian Prudhomme disse. “Foi uma disputa maravilhosa, digna de um grande balé. Eles foram fantásticos.”
Em uma entrevista ao jornal francês “Le Monde”, Prudhomme comparou a disputa entre o espanhol e o luxemburguês no Tour, com as “batalhas” de Rafael Nadal e Roger Federer no tênis. “Apenas a polêmica do fair play coloca, de certa forma, uma dúvida sobre o Tour deste ano”, encerrou.
Norte-americano se despede do Tour de France sem o brilho desejado, mas com a imagem intacta perante seus fãs
Por Tadeu Matsunaga
Desta vez é certo, Lance Armstrong encerrou sua carreira no Tour de France. Caso volte, será como espectador ou proprietário da RadioShack, que não teve o desempenho esperado, apesar de vencer na classificação por equipes. Apesar do elenco repleto de grandes nomes: Armstrong, Levi Leipheimer, Andrés Kloden e Janez Brajkovic, vencedor da Dauphinè-Liberé, apenas Chris Horner conseguiu ficar entre os dez primeiros na classificação geral.
Armstrong, ainda assim, subiu ao pódio na premiação final com a RadioShack, que conseguiu o título por equipes graças as escapadas dos atletas, principalmente no Peyresourde, Aspin, Tourmalet e Aubisque. Encerra-se um capítulo a parte na história do Tour: 13 participações, sete títulos, oito pódios individuais e um coletivo, 22 vitórias em etapa e 83 dias vestindo a camisa amarela.
Próximo de completar 39 anos, Armstrong não demonstrou a superioridade e força que dominou a competição de 1999 a 2005. Na última etapa, o norte-americano desejou usar uma camisa preta com o número 28 – referente os milhões de pessoas que venceram a luta contra o câncer no mundo, mas acabou vetado pelos comissários da UCI, utilizando a blusa apenas no pódio final.
Em 2010, Lance Armstrong foi um sujeito mais simpático que nos anos anteriores, conversando e brincando com todos no pelotão, e sem importar-se com a 23ª posição – 39 minutos atrás de Alberto Contador.
“Eu queria chegar a Paris e desfrutar deste Tour”, disse Armstrong. E isso o norte-americano conseguiu; terminando sua carreira profissional e alcançando a meta de arrecadar fundos para entidades na luta contra o câncer, graças a sua fundação - Livestrong e as suas famosas pulseiras amarelas que foram comercializadas neste Tour.
NOTAS
Revista Prólogo
Nesta segunda-feira, o ciclista Steve Houanard renovou seu vínculo com a equipe Skil-Shimano por mais dois anos.
Miyataka Shimizu, de 29 anos, venceu o Tour de la Martinica. A 9ª e última etapa foi vencida por Maint Berkenbosch
Com um grande primeiro semestre, Bjorn Leukemans renovou com a Vacansoleil até 2012. O time também tenta acertar com Stjin Devolder
Jos Van Emden, campeão holandês de contrarrelógio, renovou seu contrato com a Rabobank até 2012
Riccardo Riccò (Ceramica Flaminia) foi o campeão da Volta da Austria, neste domingo. O italiano, que retornou de doping, segue em ascensão
Gerrard Simons (Sky) teve um corte profundo no olho durante a 3ª etapa do Tour; o ciclista recebeu pontos no local, mas segue na competição
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