terça-feira, 7 de julho de 2009

NOTICIAS DO TOUR DE FRANCE 2009



CAVENDISH VENCE MAIS UMA VEZ


A prova foi marcada por um corte no pelotão que custou a posição de Contador, com isso, Armstrong está em terceiro e o líder permanece Cancellara. Cavendish bateu a chegada com certa facilidade e ainda deu para fazer uma ligação na linha de chegada.
CLASSIFICAÇÃO GERAL:

1Fabian Cancellara (Swi) Team Saxo Bank 9:50:58
2Tony Martin (Ger) Team Columbia - HTC 0:00:33
3Lance Armstrong (USA) Astana 0:00:40
4Alberto Contador Velasco (Spa) Astana0:00:59
5Bradley Wiggins (GBr) Garmin - Slipstream 0:01:00
6Andreas Klöden (Ger) Astana 0:01:03
7Linus Gerdemann (Ger) Team Milram
8Cadel Evans (Aus) Silence - Lotto0:01:04
9Maxime Monfort (Bel) Team Columbia - HTC0:01:10
10Levi Leipheimer (USA) Astana 0:01:11




O grande momento do 3º dia de Tour de France não foi a segunda vitória de Mark Cavendish no sprint final, mas sim o "racha" na equipe Astana, que conta com o favorito Alberto Contador e o heptcampeão Lance Armstrong.

Teoricamente, o espanhol é o capitão. Porém, nesta segunda-feira, foi o norte-americano quem andou no primeiro pelotão, enquanto o companheiro ficou na leva de trás.

"Existem pelo menos duas Astanas. É totalmente incomum quando o capitão está no pelotão de trás", explicou o comentarista da ESPN Celso Anderson. Com o resultado de hoje, Armstrong assumiu a terceira colocação no geral, 40s atrás do suíço Fabian Cancellara, o líder. Já Contador está a 19s do parceiro na Astana.

"O Contador talvez seja o principal favorito a ganhar a Volta da França e ele pode tirar a vantagem nas próximas etapas, mas para questão de estratégia muita coisa vai acontecer nos bastidores", explicou Celso Anderson.

"Se o clima era 50% tranquilo, prejudica em 100% o ambiente. Armstrong mostrou suas garras, mas não acho que está sendo antiético", completou.

Amenizando o clima, a sommelier Alexandra Corvo falou que o tipo de vinho mais comum na região entre Marseille e La Grande-Motte é o tinto encorpado.

A próxima etapa acontece nesta terça, em Montpellier. Será uma prova contra-relógio por equipes de 39 km dentro da cidade. A ESPN transmite ao vivo a partir das 10h30 (de Brasília).


Puxada de tapete ou cartada de mestre?
por Everaldo Marques, blogueiro do ESPN.com.br
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O que parecia uma tranqüila etapa plana se transformou na primeira grande polêmica do Tour de France 2009. E, felizmente, não tem nada a ver com doping e sim com um movimento ocorrido dentro da competição. Na reta final do trecho desta segunda-feira, houve uma “quebra” no pelotão e um grupo de cerca de 20 ciclistas passou a empreender uma fuga. Entre os líderes, nomes como o camisa amarela Fabian Cancellara, o camisa verde Mark Cavendish e o norte-americano Lance Armstrong, acompanhado de outros dois ciclistas da equipe Astana. O líder do time cazaque, Alberto Contador, ficou para trás, junto com outros membros de seu time.

A fuga forçou o ritmo e, apesar dos esforços, o grupo de perseguidores não foi capaz de alcançar os escapados. No fim das contas, o balanço da terceira etapa foi amplamente favorável a Armstrong, que iniciou o estágio 22s atrás de Contador, em décimo na classificação geral e fechou o dia 19s à frente do companheiro (ou seria rival?) de equipe e em terceiro lugar na briga pela camisa amarela.

Para alguns, a Astana “puxou o tapete” de Contador ao permitir que Lance fizesse parte da fuga. Pior ainda para os defensores do espanhol foi o fato de o chefe de equipe da Astana ter determinado que outros ciclistas do time, que faziam companhia ao norte-americano na fuga colaborassem para que os escapados aumentassem a diferença para o restante do pelotão. Por que a Astana ajudou a Columbia a acelerar o ritmo da fuga, sendo que o capitão da equipe cazaque estava ficando para trás? Contador também vacilou, pois poderia ter saltado atrás da fuga tão logo o pelotão se quebrou e não o fez. Os que defendem o espanhol dirão que a equipe deveria ter determinado que os ciclistas do time que restaram no pelotão junto com Contador ajudassem Alberto a alcançar os lideres. Isso não aconteceu.

Depois da prova, Armstrong disse que a sua experiência de sete títulos no Tour ajudou hoje, pois ele sabia que em etapas como a desta segunda-feira os fortes ventos podem provocar quebras no pelotão e que ele andou sempre perto dos líderes porque não queria ficar para trás caso isso acontecesse. Há quem enxergue uma “conspiração pró-Armstrong” dentro da Astana. Para outros, foi uma cartada de mestre. O fato é que a terceira etapa do Tour serviu para deixar uma impressão ainda mais forte de que o clima no time favorito ao título não é de total harmonia.

everaldomarques (ESPN)

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