por ESPN.com.br
Aumentar Texto 3 comentários O britânico Mark Cavendish, da equipe HTC Columbia, confirmou o favoritismo como principal sprinter entre os ciclista do Tour de France e venceu a 11ª etapa da prova, disputa nesta quinta-feira, entre Sisteron e Bourg-de-Péage, no sul da França. Cavendish aproveitou o bom trabalho de sua equipe para dar o sprint final e terminar o percurso de 184,5 quilômetros em 4h42min29seg.
A segunda colocação ficou com o italiano Alessandro Petacchi, da Lampre-Farnese, e o norte-americano Tyler Farrar, da Garmin, foi o terceiro.
O estágio desta quinta teve uma fuga logo em seus quilômetros inicias de três ciclistas: o espanhol José-Alberto Benitez, da Footon-Servetto, e dos frances Anthony Geslin, da FDJ, e Stephane Auge, da Cofidis.
Mas nos últimos dez quilômetros, o pelotão forçou o ritmo e alcançou os líderes. O fato curioso no final da prova foi a cabeçada do ciclista da HTC Columbia, que tentava abrir caminho para Cavendish, no rival da Garmin, que por sua vez queria fechar o espaço do britânico em favor de Tyler Farrar.
Mark Cavendish venceu sua terceira etapa no Tour de France deste ano
Na classificação geral, não houve mudanças. O luxemburgês Andy Schleck continua com a camisa amarela, com o tempo agregado de 53h43min25seg, 41 segundos à frente do espanhol Alberto Contador, atual bicampeão. O terceiro colocado é o espanhol Samuel Sanchez, com 2min45seg de desvantagem para o líder.
Na sexta-feira, os ciclista tem pela frente um percuros de 210,5 quilômetros entre Bourg-de-Péage e Mende, que terá transmissão ao vivo na ESPN Brasil, a partir de 10h30. A última etapa do Tour de France deste será no dia 25 de julho, com chegada em Paris.
Veja a classificação final da 11ª etapa do Tour de France:
1. Mark Cavendish (ING/HTC Columbia) 4h.42:09
2. Alessandro Petacchi (ITA/Lampre) m.t.
3. Tyler Farrar (EUA/Garmin Transitions) m.t.
4. José Joaquin Rojas (ESP/Caisse d'Epargne) m.t.
5. Robbie Mcewen (AUS/Katusha) m.t.
6. Yukiya Arashiro (JAP/Bbox Bouygues Telecom) m.t.
7. Thor Hushovd (NOR/Cervelo) m.t.
8. Lloyd Mondory (FRA/AG2R) m.t.
9. Jürgen Roelandts (BEL/Omega Pharma-Lotto) m.t.
10. Gerald Ciolek (ALE/Milram) m.t.
11. Sébastien Turgot (FRA/Bbox Bouygues Telecom) m.t.
12. Edvald Boasson (NOR/Sky) m.t.
13. Oscar Freire Gomez (ESP/Rabobank) m.t.
14. Ruben Perez Moreno (ESP/Euskaltel-Euskadi) m.t.
15. Samuel Sánchez (ESP/Euskaltel-Euskadi) m.t.
16. Luke Roberts (AUS/Milram) m.t.
17. Nicolas Roche (IRL/AG2R) m.t.
18. Kevin De Weert (BEL/Quick Step) m.t.
19. Egoi Martínez (ESP/Euskaltel-Euskadi) m.t.
20. Danilo Hondo (ALE/Lampre) m.t.
Veja a classificação geral do Tour de France:
1. Andy Schleck (LUX/Saxofone Bank) 53h43min25s.
2. Alberto Contador (ESP/Astana) a 41s.
3. Samuel Sánchez (ESP/Euskaltel-Euskadi) a 2min45s.
4. Denis Menchov (RUS/Rabobank) a 2min58s.
5. J. Van den Broeck (BEL/Omega Pharma-Lotto) a 3min31s.
6. Levi Leipheimer (EUA/Radioshack) a 3min59s.
7. Robert Gesink (HOL/Rabobank) a 4min22s.
8. Luis León Sánchez (ESP/Caisse d'Epargne) a 4min41s.
9. Joaquin Rodriguez (ESP/Katusha) a 5min08s.
10. Ivan Basso (ITA/Liquigas) a 5min09s.
11. Roman Kreuziger (RTC/Liquigas-Doimo) a 5min11s.
12. Ryder Hesjedal (CAN/Garmin Transitions) a 5min42s.
13. Nicolas Roche (IRL/AG2R) a 6min23s.
14. A. Vinokourov (CAZ/Astana) a 6min31s.
15. Michael Rogers (AUS/HTC Columbia) a 7min04s.
16. Carlos Alfaiate (ESP/Cervelo) a 7min13s.
17. Bradley Wiggins (ING/Sky) a 7min18s.
18. Cadel Evans (AUS/BMC) a 7min47s.
19. Thomas Löfkvist (SUE/Sky) a 8min03s.
20. Andreas Klöden (ALE/Radioshack) a 9min05s.
Ciclistas da Garmin foram prejudicados no sprint final pelo australiano da Columbia [vídeo]
Por Tadeu Matsunaga
A vitória de Mark Cavendish (Columbia), na 11ª etapa, poderia entrar para a lista de triunfos inquestionáveis do britânico, mas não foi bem assim. Seu principal embalador, Mark Renshaw, deu três cabeçadas em Julian Dean (Garmin), e ainda espremeu Tyler Farrar no sprint do norte-americano.
Farrar mostrou-se irritado com a atitude de Renshaw; ainda assim conseguiu conquistar o terceiro lugar na etapa. “Não foi um sprint justo de Renshaw. Ele não deveria fazer esse tipo de coisa, nem deveria estar competindo”, disse.
“Contato e empurrões são normais no momento do sprint, mas hoje ele ultrapassou o limite. Ele estava fora de posição e não precisa fazer isso. Cavendish é bom o suficiente para vencer de forma honesta e por conta própria.”
Restam poucas oportunidades para os sprinters. Ao ser questionado por não ter obtido nenhuma vitória na competição, Farrar disse: “É impossível dizer o que iria acontecer na etapa. Só sei que Julian Dean, novamente, fez um trabalho fantástico. Estava muito motivado.”
Dean estava nervoso após o encerramento da etapa, e quase chegou às lágrimas de frustração. “Eu estava apenas fazendo meu trabalho e tentando trazer Tyler para frente; restavam 500 metros. Deixei-o na roda Cav e fui buscar Renshaw para manter a velocidade, mas ele parece não ter gostado muito.”
“Ele não deveria ter feito isso. Não é apropriado. Eu não fiz nenhum movimento, eu só estava trazendo Tyler para frente. Passei Renshaw e, em seguida, o vi inclinar-se e me golpear com a cabeça. Em seguida, ele prejudicou Tyler que perdeu a oportunidade de vencer a etapa. É um comportamento muito inadequado e perigoso. Se tivéssemos caído, nem sei o que poderia ter acontecido.”
“Eu não sei se ele fez isso de propósito, mas as regras são que você mantem uma trajetória. Ele embala o Cavendish e então ele tenta prejudicar a todos. Você pode vencer com um sprint limpo, caso contrário é ridículo”, ressaltou Farrar.
Renshaw acabou expulso do Tour de France pelo diretor de prova, que considerou a atitude do australiano agressiva e desnecessária.
Em ato de descontrole, ciclista desferiu cabeçadas contra Julian Dean [vídeo]
Por Tadeu Matsunaga
O australiano Mark Renshaw (Columbia) foi expulso do Tour de France 2010 por sua conduta agressiva no sprint final da 11ª etapa, em Bourg-les-Valence. O ciclista foi uma dos grandes responsáveis pelas três vitórias de Cavendish na competição, já que é o último embalador do britânico.
Jean-Francois Pescheux, diretor de prova, analisou os vídeos da etapa que mostravam as repetidas cabeçadas de Renshaw sobre Dean, que trabalhava para o norte-americano Tyler Farrar. O conflitou prejudicou o trabalho da equipe Garmin.
“Renshaw usou a cabeça de forma agressiva e absurda. Nosso esporte é o ciclismo, não uma modalidade de combate. Poderia ter acontecido algo de maior proporção e prejudicar outros ciclistas”, disse Pescheux.
“É algo inaceitável e espero que não se repita em outra circunstância”, emendou.
Renshaw mostrou-se indignado com a decisão. "Se Carlos Barredo e Rui Costa não foram expulsos por que eu devo ser?", questionou.
A organização do Tour de France não se pronunciou sobre as palavras do ciclista, mas não deve mudar sua posição. Péssima notícia para Cavendish!
Italiano ficou emocionado e acredita que a disputa com o norueguês e McEwen será dura até Paris
Por Tadeu Matsunaga
Alessandro Pettachi (Lampre) vestiu a camisa verde após a vitória de Mark Cavendish em Bourg-lès-Valence. O italiano ultrapassou Thor Hushovd (Cervélo), que liderou a classificação por pontos oito dias consecutivos, desde sua vitória na 3ª etapa.
Hushovd estava irritado consigo mesmo, reconhecendo que não teve um bom sprint durante a etapa, mas garantiu que segue na luta pela camisa verde.
“Eu estive muito passivo no sprint", disse Hushovd após o encerramento da etapa. "Eu estava com certo receio. Todos os ciclistas que estavam ao meu lado tiveram um sprint melhor, eu acabei sobrando. Minha tática foi acompanhar Petacchi para defender a camisa, mas preciso mudar essa postura.”
Petacchi tem agora uma vantagem de quatro pontos sobre Hushovd, enquanto Robbie McEwen, que terminou em quinto na 11ª etapa, está nove pontos atrás do norueguês. O italiano luta para conquistar seu quarto título por pontos no Tour de France.
"Não vai ser fácil manter a camisa verde até chegarmos a Paris", concluiu Petacchi. "Ontem eu fui para o sprint intermediário, já que Hushovd, McEwen e estamos muito próximos na classificação por pontos. Provavelmente vamos lutar por outros sprints intermediários. Estou confiante após o bom trabalho feito pela minha equipe. Danilo Hondo fez um grande trabalho”, emendou.
“Minha posição faz eu me recordar do Tour de France 2003", explicou o sprinter. "Sete anos atrás, eu não tinha a mesma determinação que tenho hoje para lutar pela camisa verde. Na época eu tinha a camisa, mas abandonei a competição. Agora as coisas estão diferentes e vou lutar muito pela classificação”, finalizou o italiano de 36 anos.
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